Você já viu a minissérie O Gambito da Rainha? Se não, olha só o que achei… se já, olha essas curiosidades! rsrs
A história gira em torno de Bethe Harmon, uma jovem que perdeu a mãe em um acidente de carro e foi colocada em um orfanato. Lá ela conheceu um senhor, que cuidava da faxina e que ensinou-lhe xadrez, após muita insistência da menina.
Bethe logo começou a desenvolver um grande talento e, misturado a isso, com o uso de sedativos e estimulantes que o orfanato lhe fornecia, começou a ter visões das peças se movimentando no teto.
Logo ela acabou adotada, e sua mãe começou a estimular o talento da menina, visto que as competições eram muito bem pagas. Só que Bethe não era lá uma pessoa muito tranquila. Ela tinha sérios problemas com bebida e o uso dos remédios. No entanto, podemos ver na série suas superações e lutas, o que é realmente lindo.
O que eu achei?
Para quem gosta de série muito movimentadas, essa não é uma boa escolha, visto que são partidas de xadrez, mas com certeza nos faz refletir e muito a respeito do que é o sucesso, por exemplo.
Bethe era muito inteligente e popular, mas foi se entregando à bebida e deixou que o sucesso lhe subisse à cabeça. Tinha vezes que ela era tão egocêntrica que cheguei a desejar que ela perdesse! rsrs Ela jogou com os melhores enxadristas e não aceitava perder de forma alguma, às vezes não sabia lidar com a derrota ou não dava valor para as partidas, se embebedando um dia antes, para não dizer o mínimo.
O que eu mais gostei foi da mudança que ela foi tendo ao longo do tempo, seja com a ajuda da mãe e dos amigos, o que a fez construir uma personalidade forte e marcante em todos os momentos e superar seu próprio ego. Para mim essa minissérie não foi sobre uma campeã e sim, sobre a superação de uma.
Curiosidades sobre o Gambito da Rainha
Ignora o sexismo no xadrez
Na verdade, a série não relata realmente a dificuldade que as mulheres tiveram para entrar no xadrez. Em determinado momento, quando um campeão perde para Bethe, pega a sua mão e a beija, além de bater palmas para ela.
Segundo a enxadrista Susan Polgar, ao ganhar o título de Grande Mestre, ela relata: “Lembro-me de uma vez que estava jogando com o seis vezes campeão americano Walter Browne. Em vez de aceitar a derrota ou me parabenizar, ele lançou as peças sobre o tabuleiro. Elas saíram voando e atingiram a mim e a outras pessoas ao redor. Quase não me lembro de um torneio em que coisas como assédio sexual, intimidação física e abuso verbal ou psicológico não aconteceram. A parte do sexismo foi minimizada. Beth Harman certamente enfrenta o sexismo, mas o que ela sofre foi fichinha em comparação com o que eu e outras jogadoras passamos”.
As roupas de Bethe tem conexão com a história
“Queríamos que o final dos anos 1950 de Beth Harmon, início dos anos 1960 parecesse um pouco para trás de propósito – assim poderíamos mostrar claramente o momento em que ela se atualiza com os dias modernos em Nova York, onde ela descobre como os jovens de sua geração estão vivendo. Quando Beth está na escola, ela sente que as outras meninas são tão diferentes de como ela é, a ponto de não sentir que pode pertencer a esse grupo. É neste momento que ela está procurando em todos os lugares por algo [e alguém] para se conectar e, na ausência de uma pessoa real, ela se conecta ao vestido do manequim” – diz Gabriele Binder, figurinista da série.
Teve a busca da contracultura dos anos 60, do estilo xadrez das roupas, homenagem a Pierre Cardin e até no final, quando ela se consagra como….bem, acho que dei spoilers demais, né?
Não é real, mas baseado em um livro
O Gambito da Rainha é baseada em um livro escrito pelo americano Walter Tevis e publicado em 1983. O autor, que aprendeu a jogar xadrez aos sete anos, trouxe diversos aspectos de sua vida para a obra. Tevis tinha um problema de saúde que consistia em cardiopatia reumática e passou parte de sua infância em uma casa para doentes, sempre sob o efeito de sedativos. Abandonado pelos pais, ele também lutou contra o alcoolismo, mas, ao contrário de sua personagem, nunca se tornou um prodígio no tabuleiro.
A Guerra Fria existia no tabuleiro
Os soviéticos eram realmente obcecados por xadrez. Cada família tinha seu próprio tabuleiro. O jogo virou um importante artifício comunista para a luta de classes, apesar de originalmente estar destinado às elites do país,. Lenin chegou a chamá-lo de “arma política”, de modo que, no período pós-Segunda Guerra, as partidas serviam como campo de batalha.
Jogadores e jogadas reais
Bruce Pandolfini, que havia trabalhado com o produtor William Horberg no filme Lances Inocentes, de 1993, foi chamado para a minissérie, e ele também foi consultor de Walter Travis enquanto o livro era escrito. Depois convidaram Garry Kasparov, o jogador de xadrez mais famoso de todos os tempos. Como ele mesmo foi uma criança prodígio na época em que a história se passa, acabou contribuindo com detalhes importantes que o livro não dá conta. Incrível, não é?
Aqui meu vídeo caso queira ver minhas reações..
Fontes: http://www.adorocinema.com/series/serie-24971/
Espero que tenham gostado! Assistiram? Gostaram? Como foi?
Sobre o Autor
2 Comentários
Vivi!
Valeu a dica, vou ver se assisto.
Temas importantes.
cheirinhos
Rudy
Oi, Vi.
Como eu curto muito xadrez, fui correndo ver essa série e adorei!
A história é muito inteligente e as partidas são sensacionais!!
Gostei de saber dessas curiosidades!
Beijos
Camis