fbpx
Contos

Conto 13 – A Caçadora

Vivianne Fair Vivianne Fair 27 Comentários
Aprontando no hospital agora! XD




Conto 13- Hora de sofrer no hospital!

 Jessi e Zack – A Caçadora
Autora: Vivianne Fair
E a tolinha aqui achando que ia ser uma
noite tranquila…
Bem, a consulta estava marcada para as
19:00. Como Zack não apareceu, resolvi ir ao médico tranquila, fazer um checkup,
ver se está tudo bem com o coitado do meu coração, que volta e meia toma
sustos, essas coisas. É uma coisa difícil? Não. Para as pessoas normais.
Cheguei sem estresse, aguardei alguns
minutos na fila de espera e fui atendida logo. Quanto mais rápido eu saísse
dali melhor. Hospital me deixa nervosa, não sei por quê. Bem, talvez eu saiba,
mas meu cérebro não quer pensar muito nisso.
Sentei na maca enquanto aguardava o médico
e meu pé roçou em algo embaixo dela. Era macio e tirei o pé rapidamente.
Não. Pelo amor de Deus, isso não pode ser
um rato, não pode…
Quando minha garganta recusou-se a
acreditar em meu cérebro e estava pronta para soltar meu grito característico
de Mandrágora, algo pulou de debaixo da maca e tapou minha boca, abafando o som
e me dando um ataque cardíaco.
– Safadinha, não grita!
Meus olhos arregalaram-se. Até aqui?
– O que você está fazendo aqui? – Zack e
eu perguntamos ao mesmo tempo.
– Falei primeiro! – retruquei logo depois.
– O que eu estou fazendo aqui? Jessi, esse
aqui é meu restaurante! Vim sacar!
– Sacar?
– Sim, tirar um extrato no meu banco
favorito, você sabe.
– Roubar sangue, pra variar? Zack, a essa
hora? Você pirou? Perdeu o bom senso?
Ele ergueu uma sobrancelha. Claro, como
perder algo que nunca teve?
– Bem – corrigi, limpando a garganta –
Está cedo demais para algo tão ousado, não acha?
– Bem, como eu sou demais, achei que ia
dar conta. Mas acabei cercado.
– Então você não é tão demais assim, não
é, vampiro metido?
– Sou demais pra você, caçadora.
Revirei os olhos.
Detesto quando ele está certo.
– E o que você está fazendo aqui? Ah, meu
Deus! – ele arregalou os olhos – Está doente? Vai morrer?
Cara, que vampiro pessimista.
– Zack, é só um check up. Nada demais; ver
o pulso, ouvir o coração, fazer uns testes. Nada demais. Para de frescura.
– Não é frescura – ele torceu o nariz – Eu
não vivo sem você.
Meu coração quase parou com aquela súbita
declaração de amor.
Mas aí caiu a ficha. Ele não vive. Há-há.
Ouvimos barulho de passos e ele
subitamente meteu-se embaixo da maca novamente. Levantei-me e cobri-a com o
lençol, antes que alguém pudesse enxergá-lo. O médico entrou distraído,
segurando um prontuário preso a uma prancheta e mal ergueu os olhos pra mim.
– Senhorita Jéssica?
– Sim.
– Tire a blusa, por favor.
Eu segurei um riso abafado quando ouvi a
cabeça de Zack batendo embaixo de mim, na maca.
– O que foi isso? – o médico alarmou-se,
procurando algo ao redor.
– Ah, é… – tentei enrolá-lo – eu bati
meu pé. Sabe, minha cabeça está doendo tanto! Pode me dar um analgésico?
– Agora? Não pode esperar pelo exame?
– …Taaaaanto!
Ele suspirou, fez um gesto cansado de ‘já
volto’ e saiu da sala. Zack saiu de debaixo da maca outra vez.
– Quê isso, seu pirado? – sussurrei pra
ele – Vai acabar se entregando!
– Que história é essa de você tirar a
blusa pra ele e não tirar pra mim?
Eu engasguei.
– SAI DAQUI, SEU PERVERTIDO!
Ele riu. Tentei abafar meu constrangimento
me abanando e desconversando.
– Zack, ele é médico; está aqui pra me
examinar!
– E daí? Eu também sou!
Pisquei duas vezes antes de retrucar.
– Você é médico? Está me zoando outra vez?
– Ora, sou médico, engenheiro, arquiteto,
cientista, marceneiro, professor, advogado, eletricista, fisioterapeuta,
marinheiro, mecânico, terapeuta, psiquiatra…
– Mas…? Como assim? Você não pode ser
tanta coisa!
– Affe, Jessi! Acha que passei mais de 800
anos fazendo o quê? Subindo e descendo de elevador?
– Mas não está fazendo medicina agora na
faculdade?
– Ah, quero outra especialização.
– Qual é a que você tinha?
– Cirurgião. Eu ficava feliz quando
cortava uma veia sem querer. Não deu muito certo.
– Imagino… ‘peraí! Você disse
psiquiatra? Ah, por favor! Você chegou a exercer isso? Teve algum paciente?
– Não, safadinha… eu estava esperando o
dia em que você ia chegar para ter trabalho pra vida toda.
– Eu vou chamar a segurança. Cai fora
daqui.
Ele me deu um beijo no rosto e voltou a se
enfiar embaixo da maca. É, nem eu acredito nas minhas ameaças.
O médico entrou trazendo um analgésico de
gosto horrível que tive que tomar fingindo estar agradecida.
– Agora tire a blusa, por favor.
Zack mordeu meu pé por baixo da maca e eu
gritei. Ele não fincou os caninos, mas me deu um susto desgraçado.
– O que foi isso, agora? – o médico pulou
pra trás.
– Desculpe, foi uma pontada que senti no
peito.
– Pontada? Então vamos ter que fazer um
raio X. Agora por favor, queira tirar a blusa.
Levantei meus pés da maca antes que Zack
reagisse.
– Hum, sabe o que é? A blusa é super
complicada de tirar, esses botões são um horror, sabe? Posso só suspender a
roupa nas costas?
Ele suspirou. Coitado, tenho certeza de que
já passa por muita coisa no hospital.
– Tudo bem – ele puxou o estetoscópio e
começou a ouvir o meu coração – Está acelerado… você está bem?
– Hum, sim, eu andei passando por muita
coisa ultimamente…
Culpa desse vampiro cretino que está
embaixo da mesa. Ele sempre me causa isso.
– Vou trazer um calmante – ele retirou o
estetoscópio e começou a preencher o formulário – Você também vai fazer um raio
X, teste de esforço e um exame de sangue.
Nããão! Teste de esforço nãããão… te odeio
seu vampiro cretino, canalha, cafajeste…
Quando ele saiu da sala novamente para
buscar o remédio, Zack se contorcia de rir embaixo da mesa.
– Não tem graça! – repliquei, furiosa – Agora
até exame de sangue! E olha quanto remédio ele vai me dar! Vou ficar totalmente
drogada! Eu detesto agulha! Eu detesto você!
Ele chegou pertinho de mim e prendi a
respiração.
– Mentirosa…
Quando o médico estava para entrar
novamente, Zack suspendeu a janela e pulou para a noite. Fiquei aliviada por
ele ter conseguido um tempo para escapar, mas meio triste por ver que ele
estava saindo.
Sou mulher de bandido mesmo. Aquela que
apanha e ainda gosta.
No caso é mordida e ainda gosta.
Fui obrigada a passar por uma bateria de
exames graças a Zack. Aah, ele vai me pagar de alguma forma. Vou fazer uma sopa
de alho pra ele.
Quando fui levada a uma sala para tirar o
sangue, me sentia meio drogada ainda. Minha cabeça girava por culpa do
analgésico e do calmante. Com certeza não passaria no exame do bafômetro. Bom,
provavelmente não andaria em linha reta.
O enfermeiro entrou na sala, com um jaleco
branco e uma máscara no rosto, mas eu não via bem. Ele pegou uma seringa na
estante e a ergueu pra mim, procurando me mostrar que era descartável.
Eu virei o rosto para o lado.
– Ai, pelo amor de Deus, eu acredito em
você. Só não me mostra isso porque não suporto agulha.
Ele abaixou a máscara e sorriu para mim
com aquele rosto lindo de caninos afiados.
– Tudo bem, safadinha. A gente tira de
outro modo…
Zack. Sorte dele eu estar meio grogue.
Senão pulava agora no pescoço dele e o forçava a me arrastar para o altar.
AGORA.
Vivianne Fair      
  

Coitada da Jessi quando ficar doente…xD

Tags: |

Artigos Relacionados

Audioconto!! Audioconto!!
Conto 2 – A Caçadora Conto 2 – A Caçadora
Conto 3 – A caçadora Conto 3 – A caçadora
Conto 14 – A Caçadora Conto 14 – A Caçadora

Sobre o Autor

Vivianne Fair
Vivianne Fair

Autora de diversos livros premiados tais como O Legado do Dragão, Quem precisa de heróis? e a trilogia A Caçadora. Gosta de inventar coisas para fazer e ama ler (obviamente)!

27 Comentários

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

  3. Laleska: aah, eu também queria!! rsrs

    Milly: ai, Milly, qualquer coisa me manda um email que resolvo o problema! O 4-shared está saindo do ar…;/

    Responder

  5. ai eu li o conto de natal cara é zack tirou onda mesmo com os amigos da jesse nem foi sacanagem com o povo pq nenhum presente surperava o Beijo do jack ai eu tb quero um presente desse zack

    Responder

  7. HHAHAHAAHAHAHAA.. "Tudo bem, safadinha. A gente tira de outro modo…*sorriso vampiro*". É nessas horas que eu queria morder o Zack. :33
    Adorei o conto, Vivi!! *0*

    Responder

  12. hauahuahauaa, cuidado com o fato de arrastarem o Zack pro altar, meninas!! XD Nossa, um monte de enfermeira, pra alegria do zack! XD

    Responder

  13. Kkkkkkkkk Adorei!!!
    Tbm tenho medo de agulhas(e faço enfermagem tbm ¬¬" )
    E se eu fosse a jessi preferiria q ele tirasse de outra forma…
    Ah claro, sem esquecer o altar depois! hehehe

    Bjusss

    Responder

  15. IOSHIDOSHDSI exaramente isso. se for nos outros nao tem problema, só não quero que seja comigo :p kkkk e tem essa parte que medicos sempre me atraiu :B kk

    Responder

  16. Oh, como assim tá fazendo enfermagem e tem medo de médico e agulha? Ah, entendi, porque vai ser nos outro e não em vc, né? hahaha!!
    haha, mas coitado, ele também não teve- muita-culpa! hehe! Aww, que bom! Jaleco branco, né?? Hummm…;D

    Responder

  17. ADOREI KKKKK. nossa, percebi que eu e a jessi temos algo em comum fora a queda pelo zack…. nós duas morremos de medo de medico e agulhas :s (err.. vamos relevar o fato de que eu estou fazendo enfermagem bls? kkkkk)
    muita onda esse conto, coitada da jessi até no hospital zack persegue ela kkkkk e outra, morri com a subita declaração *-* e outra… zack de medico? *-*, jalecos brancos foi um dos motivos pra eu fazer saude :p kkk

    Responder

  19. Hahaha, mto bom! Concordei plenamente qndo ela falou "teste de esforço nãoooo" Eu já fiz este teste e achei que ia ter um treco em cima daquela esteira maluca a 200 por hora!!!
    Bjos!

    Responder

  22. Lets: Buaaaa, eu também..u.u Obrigada!! XD

    Pri: Sério?? Obaaa, que coisa boaaa!! ^^ Tomara que goste!

    Thayse: hueheuee, eu também, eu também! Tem sala de espera?? huehue

    Responder

Solicitar exportação de dados

Utilize este formulário para solicitar a exportação de seus dados.

Solicitar remoção de dados

Utilize este formulário para solicitar a remoção de seus dados.

error: Content is protected !!